domingo, 17 de junho de 2012

"O que mais gosto em Salvador são as mulheres", revela cantor Luan Santana em entrevista para o Correio da Bahia


O cantor sul-mato-grossense Luan Santana, 21 anos, é o principal ídolo musical 
das adolescentes do país atualmente - e um dos maiores vendedores de
 CDs e DVDs, com seu sertanejo pop romântico. Em dois meses nas
 lojas, o novo álbum de Luan, Quando Chega a Noite, já bateu em
 200 mil cópias.

Como todos os CDs - e DVDs e Blu-rays - de Luan desde que ele assinou 
com a gravadora Som Livre, em 2009, toda a renda com as vendas está sendo
 revertida para instituições assistenciais carentes. Sobretudo, as que cuidam 
de doenças.  É uma atitude rara no showbiz do Brasil e mundial. Devido à
 agenda lotadíssima, só agora conseguiu Luan responder a nossa entrevista, 
por e-mail. Bem articulado, o cantor mostra personalidade.
Foto tirada do Jornal Correio da Bahia
CORREIO: Embora com elementos sertanejos, os arranjos do novo álbum
 estão mais para pop & rock romântico ( e tem até reggae) do que para
 o sertanejo. É um estilo que mais te agrada? Uma forma de atualizar o
 sertanejo e quebrar limites entre gêneros?

LUAN: O sertanejo vai se renovando a cada dia,  e também surgem
 novos artistas.
 Com isso, o sertanejo vai se atualizando. Estou inovando sem perder
 a essência.
 A minha música é atual, fala de coisas do dia a dia, mas sempre mantendo a
 essência do sertanejo, já que esta é a influência que tive e vivi na infância.

CORREIO: Por falar em pop & rock, a capa e a concepção visual do 
trabalho também são bem pop. Inclusive, lembrando a estética sombria 
da Saga Crepúsculo...

LUAN: A ideia era inovar, fazer algo diferente do que eu  já tinha feito. 
 O CD vem com o nome de Quando Chega a Noite,  então tive a ideia de ter 
a foto ao entardecer, com um carro antigo em um bosque. Gostei muito do
 resultado, minha produção encontrou exatamente tudo como eu havia
 planejado. Fizemos a foto em um hotel fazenda no interior de São Paulo,
 encontramos um Mustang Eleano...  Tudo perfeito do jeito que eu havia 
idealizado para a foto da capa do CD.

CORREIO: Você assina sete canções do repertório. O que te agrada mais: 
compor ou cantar? E com uma agenda tão cheia, quando você 
encontra tempo para compor?

LUAN: Gosto dos dois,  acho que um completa o outro. 
Normalmente quando chego do show, fico ainda acordado 
por muito tempo. Quando vou pra cama aí vem alguma ideia, pego o 
celular e já gravo a frase ou a ideia que surgiu naquela hora. No dia seguinte
 completo a música, foi assim que saíram essas sete músicas do CD. 
Mas tem outras que estão guardadas e que ainda não foram apresentadas.

Foto tirada do Jornal Correio da Bahia
CORREIO: Gosto da coerência com que você conduziu sua música 
até agora, sem procurar modismos ou gravar canções apelativas.
 Isso de alguma forma tem a ver com a personalidad
do Luan fora do showbiz?

LUAN: Participei integralmente deste trabalho  e me dediquei por três meses,
tanto nas composições, como na escolha do repertório e dos arranjos junto
 com o Fernandinho (Zor) que fez a produção. As músicas que gravei
 têm muito a ver com a minha história e o meu jeito de ser, tanto no
 dia a dia, como quando estou no palco.

CORREIO: Tem um ritmo brega baiano chamado arrocha, surgido há dez
 anos e que agora vem influenciando alguns artistas jovens do sertanejo.
 Você conhece o arrocha baiano, o legítimo?

LUAN: Sou muito curioso e ouço de tudo, conheço um pouco do  arrocha,
 mas não posso te afirmar se o que eu conheço é o que você 
chama de legítimo. Depois me mande  uma música de arrocha legitimo.

CORREIO: Nas canções de Quando chega a Noite  existem palmas, gritos 
da plateia, como numa gravação ao vivo. Foi gravado ao vivo ou esse 
clima foi colocado no estúdio, na pós-produção? Por que essa opção 
ao vivo mesmo num álbum de estúdio?

LUAN: Gravamos este CD em alguns shows e claro que depois refizemos 
algumas vozes e instrumentos em estúdio. 
Eu particularmente sempre gosto de trabalhos ao vivo. 
A reação do publico é muito importante para o desenvolvimento do trabalho.

CORREIO: Mesmo bem pop, você gosta da música sertaneja de raiz, 
tipo guarânia, caipira etc. Liste cinco duplas ou artistas do sertanejo
 mais clássicos que você admira.

LUAN: Trio Parada Dura (contratei eles para o casamento do meu
 empresário Anderson, foi meu presente para os noivos),
 Tonico & Tinoco,Chico Rey & Paraná, Zezé Di Camargo & Luciano 
e Chitãozinho & Xororó.
Foto tirada do Jornal Correio da Bahia
CORREIO: Não lembro de um artista do mainstream brasileiro dedicar
 toda a renda das vendas de seus discos para obras sociais, como você 
está fazendo mais uma vez com o CD Quando Chega a Noite. Fale um
 pouco sobre essa decisão e para quais tipos de obras sociais a renda é dirigida.

LUAN: Perdi meus dois avós maternos com câncer e minha mãe me pediu 
que, se um dia eu ganhasse dinheiro cantando,  ajudasse  quem precisa.
 Quando assinei com a Som Livre decidi que toda renda com a venda de 
CDs, DVDs e Blu-rays seria revertida para entidades carentes, principalmente
 as que cuidam de doenças. Temos um departamento no escritório que cuida 
dessa parte. Chegam muitos pedidos de todo o Brasil e, depois de uma análise
,  é feita a doação. O maior valor doado até agora foi para o 
Hospital de Câncer de Barretos, quando doei meu cachê 
do show (R$ 550 mil) da 
Festa de Peão de Barretos em 2010. Fui o embaixador da festa naquele 
ano.(Nota da  Redação: 
Luan nos enviou a prestação de conta das doações)

CORREIO: Com esse grande apelo que você tem junto às adolescentes,
 já pensou em fazer um filme?

LUAN: Este ano fechamos uma parceria para  fazer um filme sobre
 minha carreira. Não será um documentário, mas uma nova experiência
 em 3D que vai mostrar como cheguei
 até aqui e muitas coisas que acontecem nos bastidores de um grande show.
 A ideia é tudo ser bemnatural, não sou ator, acho que não levo muito
 jeito pra isso. Vamos usar 
algumas filmagens antigas para
 mostrar o início de tudo.

CORREIO: Existe previsão de novo show em Salvador?
 O que mais te agrada na Bahia, em Salvador?

LUAN: Estarei perto de Salvador, em Camaçari, agora dia 22 para participar do 
São João, mas estive no Festival de Verão este ano e foi maravilhoso. 
A energia do público baiano é  contagiante. Gosto muito da Bahia,
 desse calor humano que vocês transmitem. Mas agora o que mais me agrada
 em Salvador são as mulheres, claro.

Fonte: Correio da Bahia

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